O post de hoje vai contando um pouquinho da minha
história....
Eu nasci com peso normal, durante a infância eu tinha minhas
fases de sim e não... Tinha dias que eu comia e tinha dias que não comia...
Minha mãe chorava pra eu comer... foi assim até eu me curar da amigdalite
crônica....
Sempre fui uma criança ativa, corria, pulava, brincava na
rua...
Pratiquei esportes, fiz balé, jazz, mas me encontrei no Judô... Hoje, com todo o esclarecimento
que eu tenho, chego a uma conclusão: O Judô é um esporte que não se preocupava
com a saúde de seus atletas, digo isso por que os treinadores não se
preocupavam com o fato do atleta estar com sobrepeso, isso é até conveniente,
pois sempre terão 1 atleta por categoria, se todos estivessem com o IMC normal,
um lutaria com o outro e a possibilidade de ganhar prêmios seria mínima. Outra
coisa, a perda de peso em dia de competição era feita de forma absurda, correr
com sacos plásticos para desidratar, comer 1 ovo por dia. Os treinadores de
hoje em dia deveriam se preocupar mais com isso.
Comecei a ganhar peso após os 12 anos, quando tive minha
primeira menstruação, no início o ganho de peso foi bem acentuado, e aos poucos
cheguei aos 80kg (por volta de 18 anos).
A época de pré vestibular também contribuiu muito,
ansiedade, pressão, ter que ser bem sucedida era batata para ganhar peso.
Passei para o Curso de Nutrição, sempre me senti um peixe
fora d’água dentro de sala, por mais que eu tentasse, nunca conseguia perder
peso. Fui a uma nutricionista para ver se conseguia perder peso, mas não obtive
sucesso. Mudei meu hábito, mas a ansiedade sempre acabava com tudo.
Faltando 1 ano para formar conheci a Sibutramina, fez um
efeito fantástico na minha vida! Cheguei aos 77kg. Mas acaba o prazo que se
pode tomar o medicamento, a ansiedade de recém formada vem à toda... E depois
de 2 anos voltei para os 97Kg.
Durante esses 11 anos de formada passei por várias situações
na minha vida profissional que me fizeram paralisar todas as minhas tentativas
de crescer... Já ouvi: Você acha que essa nutricionista gorda vai conseguir
fazer algo por mim? Ou Ah! Até esqueci que você é nutricionista! Foi quando me
achei como nutricionista, trabalhando em um self service sem balança e uma
fábrica de salgados – não sofri nenhum preconceito nesses lugares!
No final de 2011, resolvi procurar novamente um
endocrinologista, pesava 103kg. Ele prescreveu a tal Sibutramina de novo... e
para a minha surpresa, não fez efeito! O único efeito que senti, foi ficar
menstruada durante 45 dias.
Em janeiro de 2012, terminei um relacionamento, achei que a
ansiedade iria acabar com tudo, em breve estouraria! Foi quando decidi que a
única solução para a minha vida era operar! Sempre fui contra a Cirurgia
Bariátrica, mas ela seria a minha salvação!
Conversei com a Greice, que também é nutricionista e
operada, e ela me passou o telefone do Dr Marcelo Farah, estávamos em março e a
consulta foi marcada para maio. Resolvi procurar outros médicos. Fui no Dr
Rachid (que operou a Nara) e no Dr René Berindoague (indicado pelo Dr André –
meu ortopedista), peguei todos os exames que tinha que fazer e fiz! Minha
intenção era acelerar o processo quando chegasse no Dr Farah. No Ultrason
apareceu uma pedra no meio do caminho, um cálculo renal. Não podia fazer a
bariátrica antes de retirar o cálculo.
Maio chegou, e eu já estava com 105kg, o que não adiantaria
para passar na perícia da Unimed. Em
julho tirei o cálculo e enquanto esperava os 6 meses de recuperação, papai
operou de Câncer de Próstata, teve várias complicações... e a dona ansiedade
voltou.
Em dezembro comecei novamente a fazer os exames, e no final
de fevereiro fui ao Dr Farah com todos os exames! E 112 Kg! Agora é só operar!
Esperei a perícia, a senha da Unimed, e o agendamento da cirurgia. Dia 26/03 - 10
da manhã!
Novidades da dieta: Hoje eu tomei sopa batida sem coar!!!!! Demorei
45 minutos pra comer.... Por que estava tentando comprar o Ingresso do Rock in Rio da Ale e a Minne... Consegui! Viva o ócio produtivo!
Recebi a visita da Tia Lais, Tio Dickens e Mônica (não pode
chamar ela de tia).... Uma família que todos aqui amamos! Foram nossos vizinhos
no Forte em Praia Grande e no CMBH... me conhecem desde antes da minha mãe
engravidar!
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